Emerson Fittipaldi, 40 anos do primeiro título mundial de Fórmula 1

Hoje é dia de prestar homenagem ao ativo e competitivo Emerson Fittipaldi, que a exatos 40 anos, no dia 10 de setembro de 1972, sagrou-se campeão mundial de Fórmula 1, no GP da Itália, realizado em monza.

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Crédito: site oficial http://www.emersonfittipaldi.com/

A melhor forma de lembrar essa data na Home Page do Passat não poderia ser outra a não ser reproduzir o teste realizado para a revista Quatro Rodas, publicado na edição de março de 1975, ocasião em que Emmo (como ficou conhecido nos Estados Unidos) testou o Passat e outros carros nacionais da época.

Crédito: reprodução acervo virtual revista Quatro Rodas
Crédito: reprodução acervo virtual revista Quatro Rodas

“O Passat pode ser considerado um dos carros médios nacionais mais modernos, igual aos que existem na Europa. Acho que a Volkswagen acertou em cheio com o lançamento desse carro, pois tem características completamente diferentes dos demais modelos VW.

E isso mostra também que a fábrica começou a se preocupar com o público brasileiro, que quer coisa melhor em matéria de carros do que temos por aqui. Eles deram um passo à frente lançando o Passat. É um carro de tração dianteira, refrigerado a água, motor com bom desempenho, boa estabilidade, boa aerodinâmica e agradável de se andar.

Sua estabilidade é um dos pontos altos. Como todos os carros de tração dianteira, tem uma leve trandência a sair de frente, mas é muito fácil de corrigir, pois é só tirar o pá do acelerador que ele volta à tragetória inicial da curva. É um carro que não vai dar susto em ninguém, sendo muito seguro de estabilidade para o motorista comum.

Tem um estilo moderno – foi desenhado por Giorgio Giugiaro -, com janelas amplas, que lhe dão um aspecto bem leve, além de boa visibilidade. O modelo em que andei era o L, ou seja, o standart. Apesar disso, a instrumentação é boa. Tem os reógios necessários e bem localizados no painel de fácil leitura. Uma alavanca do lado direito da direção aciona o limpador de pára-brisas de duas velocidades, de fácil manejo e muito seguro, pois o motorista não precisa tirar as mãos do volante para acioná-lo.

A direção é ótima. O volante tem diâmetro muito bom, é rápido e bem leve. Nem parece um carro de tração dianteira, porque a direção é muito precisa e suave. Se o motorista ignorar isso, dificilmente vai perceber. Os freios também são ótimos. Não travam as rodas, mesmo em freadas de emergência, e param o carro sem desequilibrá-lo. São características muito boas, porque ele tem bom desempenho, apesar de o motor ter apenas 1500 cm³ de cilindrada. É um motor de desenho moderno, com comando de válvulas na cabeça, força e torque suficientes para boas acelerações e boa velocidade máxima.

Como é motor de alta rotação, o câmbio aproveita bem isso graças ao bom escalonamento das marchas. Apesar de ter tração dianteira, quase não arrasta as rodas nas arrancadas fortes, aproveitando bem toda a potência do motor.

É um carro de suspensão bem equilibrada. Nas curvas apresenta uma leve tendência a sair de frente, justamente pela tração dianteira, mas é de fácil correção. Além disso, dificilmente a roda interna da curva perde aderência. Por isso pode-se aproveitar sempre toda a potência do motor, que, com seus 1500 cc, tem bom torque, colocando-o entre os melhores do mundo.

O espaço para a bagagem é bom, e o estepe fica escondido no assoalho. Se for preciso tirá-lo com o porta-malas carregado, o trabalho evidentemente será difícil.

O nível de ruído é muito bom e quase nada se ouve dentro do carro em movimento. O espaço interno é bom, e a posição de dirigir, muito boa, pois o encosto permite várias regulagens e os pedais e a alavanca de câmbio são bem colocados. O acabamento, apesar de o modelo ser standart, é muito bom.”

Crédito: reprodução acervo virtual revista Quatro Rodas

Nosso parabéns ao campeão, que lutou tantos anos nas pistas e formou uma geração de pilotos brasileiros, tanto na Fórmula 1 quanto na Fórmula Indy.

Sobre Artur.Y

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5 comentários

  1. Emerson falou, tá falado (hehe). Parabéns ao grande mestre!

  2. Eu é que não vou contrariá-lo a respeito do Passat, assino embaixo.:)
    Um dos melhores pilotos do mundo, parabéns a ele.

  3. O mais interessante foi comparar com as notas dos outros modelos. O Passat não recebeu nenhuma nota ruim ou regular, ao contrários de modelos de preço semelhante.

    Nos grandes, acho que o Maverick e o Alfa Romeo 2300 não foram bem em algumas notas.

    Achei oportuno trazer este teste, ainda mais pela boa avaliação.

    • Muito oportuno mesmo, Artur. Gostei muito também da ênfase dada por ele aos aspectos dinâmicos. Embora pareça óbvio pelo teste ter sido realizado por um grande piloto, mostra a importância que esse tipo de informação tem. Hoje noto que as avaliações, em sua maioria feitas por jornalistas, dão mais ênfase a aspectos de mercado, itens de série, opcionais, tipos de materiais de acabamento e etc. Embora essas informações tenham sua importância, em minha opinião tudo que um carro entrega ao volante tem maior peso e é determinante para conhecê-lo de fato. E se a condução do Passat agradou o Emerson é interessante destacar quando se lembra de que suspenção dianteira McPherson com barra estabilizadora e eixo de torção na traseira é quase um padrão hoje em dia, fica fácil entender os elogios do Emerson.

  4. Belo post. Com Passat… e muito mais!

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