Táxi no Iraque

O Iraque vez ou outra nos traz material bem interessante sobre o Passat. O modelo ainda é bastante cultuado por lá. Como já sabemos, além de ter recebido um lote de 1000 unidades em 1978, conforme foi discutido aqui recentemente (clique aqui para acessar o link), o Passat foi vendido regularmente entre 1983 e 1988. Esta versão também é uma das mais pesquisadas pelos leitores da Home-Page do Passat, que desde 2016 possui um artigo para descrever seus detalhes.

E lá, assim como aqui, já existem clubes e encontros exclusivos. Dessa vez trazemos imagens de um Passat LSE que trabalha, ou trabalhava (a barreira do idioma ainda é o fator que mais dificulta a troca de informações) como táxi no Iraque.

Passat táxi no Iraque
Este belo Passat trabalha como táxi no Iraque.

O exemplar mantém alto índice de originalidade e a tradicional pintura branca e laranja utilizada pelos táxis daquele país. É possível que parte da pintura ainda seja original. Nas quinas da tampa da mala, por exemplo, nota-se o desgaste natural dos polimentos ao longo dos anos de uso. As rodas permanecem originais, com calotas centrais cromadas.

Na primeiro foto deste post vemos através da janela lateral traseira o kit de emergência, com peças de reposição para auxiliar no caso de problemas mecânicos. O logotipo 1.8 colado na tampa da mala é uma incógnita: como não recebemos fotos do motor, não podemos afirmar se ele foi trocado ou se o logotipo é apenas uma brincadeira do proprietário.

Passat táxi no Iraque
Desgaste e alguns detalhes pra acertar, porém um carro bem acima da média do que costumamos ver na frota iraquiana. O logotipo 1.8 na tampa da mala é uma incógnita.

O interior também impressiona pela excelente conservação e originalidade. As capas de plástico certamente ajudaram, mas não consigo imaginar um banco desses no calor do Oriente Médio. Aos poucos vamos nos acostumando a estranha mania de alguns iraquianos, que colam adesivos no interior do carro.

Muitas vezes até mesmo aqueles com código ZBA que saem de peças como o ventilador do radiador, distribuidor, etc. Já vimos um caso em que boa parte do painel de instrumentos estava coberto por eles. No caso deste táxi, e traçando um comparativo com outros casos, até que os adesivos estão discretos.

Passat táxi no Iraque
O interior permanece conservado e bastante original. Nem parece que trabalha como táxi no Iraque…

E agora? O que fazemos com a vontade de dar um pulinho em Bagdá e chamar um táxi?

Sobre André Grigorevski

Fundador da Home-Page do Passat e presidente do Passat Clube - RJ.

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2 comentários

  1. Muito legal, quando eu tiver um tempo vou fuçar minhas fotos antigas, morei no Iraque de 1982 a 1986, e me lembro muito bem, o Iraque era infestado de Passats, devo ter algumas fotos, sei que não tenho muitas pois na época do Saddam Hussein era proibido tirar fotos em Bagdá, uma pena…

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