A linha 1980 da Volkswagen trouxe como novidade os modelos movidos a álcool. Era o início desta nova opção no Brasil, seguindo o lançamento do Fiat 147, que foi o primeiro modelo movido ao biocombustível a disposição do público consumidor. O Jornal do Brasil do dia 8 de julho de 1980 trouxe o teste do Passat LSE a álcool. A matéria foi assinada pelo jornalista Waldyr Figueiredo. O título era “Passat a álcool anda melhor mas bebe mais e tem menos autonomia”.
Como não é novidade, os Passat LSE e TS a álcool produzidos até abril de 1982 eram equipados com o mesmo motor 1.5 usado nos Passat Surf e LS e o carburador Solex H35, de corpo simples. Isso acontecia devido a impossibilidade de utilizar o carburador Solex 32/35 TDID com o álcool.
Dizia o texto do JB:
Como todos os demais carros movidos a álcool, o Passat apresenta muito melhor desempenho que o modelo equipado com motor a gasolina, funcionando mais redondo, com um nível bem menor de vibrações e respondendo mais rapidamente às solicitações do motorista.
Até chegar à temperatura ideal de funcionamento, como nos demais modelos a álcool, o Passat engasga, dá trancos e se mostra bastante moroso; depois que chega à temperatura normal, o carro deslancha com facilidade, mostrando ser muito mais rápido que o carro a gasolina, mas, em contrapartida é bem menos econômico, o que faz com que tenha a sua autonomia sensivelmente reduzida.
Durante todo o teste o carro não apresentou qualquer problema, mostrando a mesma qualidade mecânica e iguais condições de dirigibilidade do carro a gasolina, já mais do que comprovadas, com a vantagem de ser muito mais rápido e recuperar giros com maior facilidade.
Na planilha de testes anotamos:
Estilo – na parte externa difere do modelo a gasolina apenas pelo logotipo Álcool, colocado na parte posterior direita da tampa do porta-malas; no interior a única diferença prende-se ao comando do botão e luz do aviso do sistema de partida a frio, alimentado a gasolina.
Acabamento – Para o preço a categoria do carro poderia ser um pouco melhor, principalmente em alguns arremates.
Conforto – O mesmo do Passat LSE a gasolina.
Segurança – Como o carro mostra um desempenho muito melhor, podendo alcançar velocidades mais elevadas, a segurança, logicamente, se vê um pouco prejudicada.
Visibilidade – Igual a do carro a gasolina
Estabilidade – Continua muito boa
Motor – Dianteiro, longitudinal, de quatro cilindros em linha, inclinados; comando de válvulas no cabeçote; alimentação por carburador de corpo simples e aspiração descendente; refrigerado a água e ventilador elétrico, potência de 69,5 cv a 5200 rpm; 1471cm³ de cilindrada; taxa de compressão de 1:10,5; combustível – álcool etílico hidratado.
Transmissão – Não sofreu alterações. A caixa de marchas é bem macia, com engates precisos e sem exigir esforços; a alavanca de mudanças está muito bem posicionada permitindo manobras rápidas.
Direção – Continua leve, macia e sem maiores vibrações, apesar da tração dianteira.
Suspensão – É boa, amortecendo bem os choques causados pelas irregularidades do terreno e colabora bastante para a estabilidade do carro. Continuamos não gostando do barulho da suspensão dianteira que, apesar de ter melhorado muito com as modificações que foram feitas, ainda aborrece um pouco, principalmente para quem gosta de um carro silencioso.
Freios – Bastante eficientes, mesmo quando acionados em velocidades mais elevadas. Não apresentaram qualquer sinal de fadiga durante todo o teste.
Faróis e lanternas – Não sofreram alterações.
Comandos – Iguais aos do Passat LSE a gasolina, com a inclusão do botão e luz de aviso do sistema de partida a frio.
Painel de instrumentos – Sem alterações.
Nível de ruído – Continua bem reduzido.
Vedação – Boa, tanto para a poeira quanto para a água.
Porta-malas – Igual ao do carro a gasolina.
Limpador e esguicho – Também não foram alterados.
Desempenho – Melhorou sensivelmente em relação ao Passat LSE equipado com motor a gasolina. O carro parece andar mais livre, deslancha melhor, sobe de giros mais rapidamente, exigindo do motorista maior atenção. Registramos em pista de piso asfáltico liso, oscilando entre 19 e 21ºC, a velocidade máxima de 148,246km/h.
Consumo – Como todo carro a álcool, o Passat LSE também é mais gastador do que o mesmo modelo equipado com o motor a gasolina. Anotamos na cidade: 7,02, 7,31 e 7,63km/l. Na estrada, andando a uma velocidade de 80km/h, registramos 11,03, 10,84 e 11,36km/l. Dirigindo sem a preocupação de manter o ponteiro colado nos 80km/h, anotamos: 9,82, 9,65 e 9,34km/l.
mas era uma frescura essa historia da suspensao, nunca ouvi algum ruido no meu LS 81, o qual é dotado de um rodar que corrobora com diferentes exigencias (a maioria esportiva, haha)