A marca Cash Box era, nos anos 70 e 80, bastante conhecida pelo comércio de amplificadores para automóveis e se tornava uma das opções deste concorrido nicho de mercado. O que nem todos se lembram é que ela também participou do mercado de acessórios através da venda de um sistema de vidros elétricos.

O sistema era um tanto primitivo: basicamente, era uma máquina que ficava posicionada no mesmo local da manivela e fazia a função de acionar o movimento de abrir e fechar do vidro daquela porta. O acionamento era realizado por um botão, semelhante aos utilizados até hoje, que poderia ser posicionado na própria porta. Segundo o anúncio, os vidros elétricos, “produzidos com know-how italiano e aprovados pela indústria automobilística brasileira”, poderiam ser instalados em qualquer marca ou modelo.

Além do conforto, o anúncio apelava para o maior status dado ao veículo equipado com vidros elétricos, ressaltando que ele poderia ser retirado a qualquer momento, não alterando as características originais do veículo. Até a segurança era exaltada, por “não desviar a atenção do motorista, proteger as crianças e impedir a abordagem de desconhecidos” (não que concordemos com tudo isso).
A lista de lojas onde este acessório da Cash Box estava disponível incluía as famosas Hermes Macedo, Makro, Mappin, Mesbla, entre outros, e contava com representantes em todo o Brasil. A loja Rodão, famosa pela variedade de acessórios e os anúncios nas revistas de automóveis, anunciava um sistema igual, sem citar a marca.
O anúncio deste sistema foi publicado na revista Quatro Rodas nº 228, de Julho de 1979. Naquela época, um Passat com este equipamento, consoles Zune, rodas esportivas e outros itens de personalização, não era pra qualquer um…